Natalia Borges Polesso
Vir aos Estados Unidos não quer dizer conhecer um país, mas como disse meu companheiro de viagem, confirmá-lo, a princípio. Os prédios, as pessoas, as escadas laterais, as lojas, as farmácias, as sirenes, tudo salta do nosso imaginário para encontrar seu duplo concreto fora de nós. As imagens da guerra, das armas, de seu presidente estúpido, dando sequência a uma escola de estupidez política nos jornais, na televisão, ao vivo. A segurança nos aeroportos, a polidez extremamente cuidadosa, o espaço pessoal a ser respeitado: excuse me, sorriem honestamente. I don’t wanna touch your phone, I don’t wanna touch you, I don’t, tudo se confirma assustadoramente.
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