
Na semana que Caxias do Sul celebra aniversário, surge um novo motivo para comemorar: o grupo CCOMA é, pela terceira vez, finalista do Prêmio da Música Brasileira. Aliás, a cidade, ou melhor, a identidade que se desenha nessa cidade, é homenageada no disco Subtropical Temperado, com o qual o duo formado por Roberto Scopel e Luciano Balen está concorrendo na categoria álbum eletrônico. O trabalho, lançado em 2016, segue reforçando a ideia dos músicos na sonoridade híbrida entre o que é tradicional e regional, como o que é contemporâneo e do mundo.
- Na canção Quase-Profeta substituímos os sons de percussão por sons das máquinas da Maesa. A canção Aço-Pessoa tem letra do Dinarte (Albuquerque Filho) que sintetiza nosso clima e nossa fé na metalurgia. A canção Subtropical veio da influência dos ritmos senegaleses que aprendemos com os imigrantes. Gravar Casamento da Doralice, dos Bertussi, foi uma homenagem a um gênero de música inventado em nossa cidade - enumera Luciano Balen, à coluna.
Leia Mais:
3por4: Pagodeiro Salgadinho faz show nesta quinta, em Caxias
Tagore se apresenta na próxima sexta, em Caxias do Sul
Em 2013, o CCOMA venceu a mesma categoria do Prêmio da Música Brasileira com o disco Peregrino. Este ano, o Subtropical Temperado dos caxienses vai concorrer com o disco Craca, Dani Nega e o Dispositivo Tralha, de Craca e Dani Nega, e com o disco Incerteza, do grupo Retalho. Além da dupla de idealizadores, o trabalho atual carrega a força da cantora Etiene Nadine, do acordeonista e baixista Rafael De Boni, do DJ Moishe e do pianista Ivan Teixeira. A obra foi selecionada pela Natura Musical e tem financiamento do Pró-Cultura RS.
- Antes desse, fizemos dois discos com financiamento municipal de cultura, Financiarte e LIC da prefeitura, e eles foram muito importantes para a gente chegar onde chegou. Devemos muito a Caxias - diz Balen.
Os vencedores serão anunciados no dia 19 de julho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.