
Uma liquidação que, na sua origem, sempre teve muita força com produtos eletrônicos mudou de perfil neste ano em função da pandemia. A pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias para a Black Friday mostra que os móveis e eletrodomésticos desbancaram os eletrônicos.
Entre os itens mais mencionados no levantamento deste ano, os móveis e eletrodomésticos foram apontados por 40,86% dos entrevistados, seguido pela categoria de produtos eletrônicos, smartphones, informática e games com 31,18%.
A pesquisa mostra também um incremento de 12% no gasto médio em comparação com o ano passado. Neste ano, o valor será de R$ 749,38. Uma das justificativas para isso não é o aumento de movimentação, mas o valor das mercadorias.
_ Essas informações nos mostram que devemos ter um número menor de pessoas aproveitando as ofertas da Black Friday, mas dispostas a investir em itens de maior valor, especialmente para a casa ou para uso pessoal _ destaca o gerente administrativo financeiro da CDL Caxias do Sul, Carlos Alberto Cervieri.
Pelo menos 61,72% dos entrevistados não têm intenção de abrir a carteira neste ano. Em 2019, metade dos entrevistados manifestou interesse de fazer compras na Black Friday.
O dirigente acrescenta que, em função da pandemia, os consumidores reduziram despesas com viagens, restaurantes e entretenimento e que essas reservas poderão ser aproveitadas neste período que inicia com a Black Friday e que se estende até o Natal e festas de final do ano.
A pesquisa de intenção de compras da CDL Caxias foi realizada com 383 consumidores de diferentes pontos de Caxias do Sul. A coleta de informações foi realizada entre 4 e 9 de novembro.
Destaques da pesquisa
· 80,73% das pessoas sabem o que é a Black Friday e quando ela ocorre;
· O ticket médio dos entrevistados é de R$ 749,38
· 61,72% não pretendem aproveitar as promoções;
· 32,49% relataram falta de dinheiro ou de crédito;
· 58,9% disseram que o coronavírus não afeta a intenção de compra;
· 79,31% dos entrevistados disseram que o coronavírus não está afetando as finanças;
· 45,89% disseram que já decidiram qual produto irão comprar e que ficarão atentas às promoções;
· 87,07% dos consumidores acreditam que o comércio irá oferecer descontos maiores em função da retração das vendas durante o ano;
· 50% dos entrevistados disseram que vão adquirir itens para o próprio uso;
· 49,19% das pessoas apontou a necessidade de comprar algo novo ou melhor como motivo para aproveitar a Black Friday;
· 88,44% afirmaram que pesquisam os preços antes de comprar;
· 51,02% já sabem o que irão comprar;
· Móveis e eletrodomésticos (40,86%) são os itens preferidos neste ano;
Comércio aberto em qualquer bandeira
Ainda na sexta, quando houve o indicativo que a região poderia ficar em bandeira vermelha, o Sindilojas já destacou que isso não impede mais a abertura do comércio. O varejo não essencial de rua, de centro comercial e dos shopping centers fica autorizado a atender com 50% trabalhadores e 25% de lotação por até seis dias na semana na bandeira vermelha. Isso ocorre desde que o governo do Estado publicou decreto de cogestão do Distanciamento Controlado, em agosto.
Na região
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_ Se bem aproveitada, especialmente neste ano, será um motivador extra para incentivar o consumo reprimido durante o ano _ observa o presidente da CDL-BG, Marcos Carbone.
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