É comum, em conversa com empresários, eles não quererem expor seus negócios, mesmo quando a notícia é boa. Em um momento difícil como o atual, em que, infelizmente, fatos como demissões em massa se impõem, a coluna comemora quando fica sabendo de uma indústria, que tem pedidos até o fim do ano, precisou contratar dezenas de profissionais, abrir o turno da noite, e até fazer parceria com várias empresas terceirizadas para atender o boom de demanda provocado pela pandemia em seu setor. Mas a animação se esvai no mesmo instante que o entrevistado se nega a comentar o bom momento.
Quais são os fatores que levam os empresários da região a se esconder? Independentemente das explicações mais variadas, inclusive até evitar a “inveja”, com a omissão das informações fica difícil ler o cenário em um momento econômico tão ímpar como o que estamos vivendo. Na retomada, mostrar negócios que já estão se recuperando pode melhorar a confiança da cidade, mas por que insistir no discurso de terra arrasada? Talvez seja uma questão cultural, dos descendentes de italianos que deixaram a miséria do país de origem para transformar a região em uma das mais prósperas do país.
Será medo de perder o que foi conquistado?