O pouco frio registrado no ano passado foi um dos fatores que motivou a última safra da uva a apresentar baixas próximas de 65% na região. Como o calor predominou no inverno passado, a brotação das parreiras começou de forma antecipada, gerando menos gemas (que dão origem a folhas e flores) nas plantas. Para piorar, uma forte geada tardia vinda em setembro queimou boa parte da produção.
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Neste ano, por enquanto, o cenário se desenha bem mais animador. Enquanto em 2015 foram registradas apenas 145 horas de frio (temperaturas abaixo de 7,2ºC) de abril a setembro, neste ano já se contabilizam cerca de 600 horas, relata Enio Todeschini, engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar. A média histórica aponta para cerca de 400 horas de frio por ano.
– O frio intenso e constante ajuda não só na quantidade, como também na qualidade da uva – destaca Todeschini.
A torcida dos produtores agora é para que a frente fria prevista para esta semana não resulte em nenhuma geada tardia, como ocorreu em 2015, pois a brotação já dá sinais nas parreiras (foto). Uma reviravolta no tempo agora prejudicaria também outras culturas, como o pêssego, a ameixa e a maçã.
Caixa-Forte
Serra já registrou cerca de 600 horas de frio neste ano
No ano passado, apenas 145 horas com temperaturas abaixo de 7,2°C foram registradas
Ana Demoliner
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