Ricardo Felizzola CEO do Grupo PARIT S/A
O Brasil não é um país capitalista. Falta muito. Nossa história prova, inclusive, que somos até contra este sistema econômico que, em muitas mentes, cria privilégios para os mais competentes, vantagens para os que se contentam em passar a vida sem brigas armadas e apenas trocando mercadorias, conforto para os que teimam em dizer que o dinheiro não é um problema e, sim, uma ferramenta de solução. No capitalismo, a reserva moral da sociedade está na moeda. Para ele funcionar não pode haver inflação e, para isso, o Estado precisa ser guardião das ações racionais que protejam a economia, que protejam o valor da moeda, dando oportunidade igual a todos. Tem gente contra, aí. Nossas escolas de Administração, na sua maioria, não ensinam o capitalismo. Ao invés de “fazer” dinheiro, temos a cultura de “ganhar” dinheiro. Assim, o que é ensinado nas escolas é o funcionamento da burocracia das empresas que, no Brasil, é enorme devido ao absurdo número de leis, principalmente na área fiscal. Temas básicos como qualidade, técnicas apuradas de gestão voltada para resultados e, principalmente, como entender ser capaz de propor e criar negócios não são enfatizados. Ou seja, temos poucas escolas de negócios, até por que temos poucos cidadãos com real experiência nisto dando aulas nas nossas escolas e, com todo o respeito, tem gente ensinando e que nunca tocou um negócio qualquer a não ser passar no banco para receber o conteúdo do contracheque.
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