Neste mês, publicou-se uma pesquisa demonstrando que 77,1% dos entrevistados evitam sair de casa à noite e 72,5% procuram não portar dinheiro ou objetos de valor enquanto estão na rua (ZH, 2/2/18). Essas tristes constatações nos levam a refletir sobre uma realidade preocupante: na "lei natural das coisas", por assim dizer, assistimos aos filhos velando seus pais, salvo algumas exceções, é o que naturalmente ocorre. Mas há momentos nos quais esta equação natural torna-se invertida: em estado de guerra. Durante os conflitos, os jovens são convocados para defenderem seus países, e os pais, os mais velhos, ficam em casa esperando por notícias, muitas vezes orgulhosos pelos filhos, outras, esperançosos de revê-los, de preferência com vida. O pior reencontro é quando os filhos retornam em caixões, cobertos com a bandeira do país. Creio não haver pior dor do que essa. Enterrar um filho, que é a parte mais importante de suas vidas e que, se necessário e possível fosse, dariam suas vidas pelas deles.
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