O Rio Grande do Sul pretende reduzir consideravelmente nos próximos anos os prejuízos na agricultura e no meio ambiente devido a escassez de água. Entre as metas, está diminuir em 20% as perdas na produção agropecuária até 2020. Os objetivos foram anunciados nesta quinta-feira (3), no lançamento do Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água.
O programa foi instituído através de decreto e reúne uma série de ações, algumas que já existem de forma isolada. A novidade fica por conta de índices a serem atingidos. Nos próximos 20 anos, o Estado pretende reduzir a taxa média de erosão dos solos, dos atuais oito para cinco toneladas por hectare. Também estabeleceu para até 2017 o início do pagamento a produtores que adotarem boas práticas de conservação.
Segundo a Secretaria Estadual da Agricultura, os critérios para a premiação ainda serão definidos. O programa também pretende premiar escolas e jornalistas que divulgarem boas ações.
"Já tivemos avanços. Passamos do plantio convencional para o plantio direto. No entanto, em muitos locais a gente não vê um sistema efetivo de plantio direto, mas uma semeadura direta. Isso faz com que o solo fique compactado, não tenha aprofundamento de raízes e haja pouca infiltração de água", explica o secretário da Agricultura, Ernani Polo.
Devido à crise financeira, a Secretaria pretende num primeiro momento apenas orientar os produtores, através de ações conjuntas entre Emater, Fepagro, Embrapa e universidades. No entanto, segundo Ernani Polo, o objetivo também é captar recursos internacionais para incrementar o programa nos próximos anos.