O decreto do governador José Ivo Sartori que suspendeu por seis meses o pagamento de dívidas com fornecedores e prestadores de serviços poderá gerar 20 mil demissões no Estado. A previsão é do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado (Sindasseio). A oficialização da suspensão ocorreu nesta sexta-feira (2), depois que o governador José Ivo Sartori assinou o decreto que corta gastos no Estado.
Conforme o Sindasseio, o setor tem hoje 60 mil empregados no Rio Grande do Sul. Cerca de 35% deles atua através de contratos estaduais. O diretor-executivo do sindicato, Sérgio Almeida, garante que as empresas não tem como suportar a suspensão dos pagamentos por tanto tempo.
"Nós estamos aguardando ter esse decreto para que a nossa assessoria jurídica faça uma avaliação, de modo que se busque as medidas jurídicas necessárias para garantir a sobrevivência das empresas e os direitos dos trabalhadores. Eu não posso aceitar que o governo dos gaúchos, uma de suas primeiras medidas seja assinar um decreto que vai causar a demissão certa de 20 mil trabalhadores", afirmou Sérgio Almeida.
O Sindicato das Empresas do Ramo da Construção Civil (Sinducon) também projeta demissões com a suspensão dos pagamentos do Estado aos fornecedores, mas não fala em números. O Sinduscon alerta para a possibilidade das empresas buscarem ressarcimentos na Justiça.