Um equatoriano foi condenado a oito meses de prisão e ao pagamento de uma multa de quase 1.800 dólares (R$ 9.842 na cotação atual) por ter iniciado um incêndio florestal em Quito em setembro, considerado o pior em três décadas, informaram autoridades.
O jovem identificado como Dylan Alberto A. "foi sentenciado (...) como autor direto pelo crime de incêndio florestal e de vegetação" e deverá pagar uma "multa", indicou a prefeitura da capital em comunicado.
A Promotoria confirmou na rede social X que "em audiência de julgamento direto, o cidadão Dylan Alberto A. foi condenado a uma pena de prisão atenuada, como autor do incêndio que consumiu as encostas de #Guápulo", na periferia leste de Quito.
As chamas, que geraram vários focos durante quatro dias e ameaçaram áreas residenciais, consumiram 140 hectares de área florestal e deixaram seis pessoas feridas.
"O pior incêndio em pelo menos 30 anos foi extinto", declarou o prefeito Pabel Muñoz em 27 de setembro, quando as chamas foram contidas.
O Equador enfrenta a pior seca dos últimos 60 anos, o que também levou a apagões de até 14 horas, visto que os reservatórios das hidrelétricas, que cobrem 70% da demanda nacional, foram reduzidos a mínimas históricas.
O abastecimento de água potável também foi afetado, e houve problemas na produção agrícola e nas telecomunicações.
Devido à temporada de seca, 22 das 24 províncias do país registraram 4.365 incêndios florestais, deixando três mortos, 44 feridos, quase 49.000 hectares de vegetação queimada e 45.000 cabeças de gado mortas, de acordo com a Secretaria de Riscos.
* AFP