Quatro militares sírios e dois combatentes pró-Irã morreram nesta segunda-feira (7) em ataques de Israel contra posições militares e depósitos de armas na região de Damasco, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A agência oficial síria SANA havia anunciado algumas horas antes que os ataques mataram quatro militares e deixaram quatro feridos.
"Quatro militares sírios, incluindo um oficial, morreram, assim como dois combatentes pró-Irã", afirmou o OSDH, uma ONG com sede no Reino Unido que conta com uma ampla rede de fontes na Síria.
Dois soldados sírios e cinco combatentes estrangeiros ficaram feridos nos ataques contra "posições e depósitos de armas e munições", em particular perto do aeroporto internacional de Damasco.
O OSDH informou que os depósitos de armas e munições das milícias pró-Irã, aliadas do regime sírio, foram destruídos.
A agência SANA se limitou a informar que as incursões provocaram danos materiais e que a defesa aérea síria interceptou alguns mísseis.
"Às 2H00 (20H00 de Brasília, domingo), o inimigo israelense executou um ataque aéreo a partir do Golã sírio ocupado, visando áreas próximas a Damasco", afirmou a agência.
Durante mais de uma década de guerra na Síria, Israel executou centenas de ataques aéreos contra o território do país vizinho, direcionados principalmente contra as forças apoiadas pelo Irã e combatentes do Hezbollah, assim como posições do exército sírio.
Israel raramente comenta sobre os ataques que realiza na Síria, mas afirma que não permitirá que o rival Irã aumente sua influência no país.
No dia 19 de julho, ataques aéreos israelenses perto de Damasco mataram três combatentes pró-governo e deixaram quatro feridos, segundo o OSDH.
A Síria pediu à ONU e ao Conselho de Segurança uma "ação imediata" para obrigar Israel a "desistir das políticas criminosas".
No início de julho, segundo o OSDH, Israel executou ataques aéreos nas proximidades da cidade Homs (centro) e matou um membro da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irã.
* AFP