Quase 46.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas no dia de Natal em consequência das inundações nas Filipinas, que deixaram pelo menos 11 mortos, informou nesta segunda-feira (26) a Defesa Civil.
Dezenove pessoas estão desaparecidas após as chuvas intensas que inundaram muitas áreas da região de Mindanao, no sul do país, de acordo com a mesma fonte.
"A água subiu acima do peito em algumas áreas, mas hoje a chuva parou", disse à AFP Robinson Lacre, funcionário da Defesa Civil, por telefone de Gingoog, onde 33.000 pessoas foram encaminhadas a abrigos, de um total de 45.700 que tiveram que deixar suas casas.
A Guarda Costeira anunciou resgates de mais de 20 famílias na cidade de Ozamiz e no vilarejo de Clarin.
"Já sofremos com inundações antes, mas essas foram as piores chuvas que já tivemos", declarou o governador da província de Misamis Ocidental, Henry Oaminal.
Em imagens divulgadas pela Guarda Costeira, socorristas aparecem equipados com coletes laranja e carregando crianças no colo, entre as casas inundadas.
Sete mortes foram registradas - em sua maioria por afogamento - nas cidades de Clarin, Jimenez e Tudela.
A Guarda Costeira também informou que os fortes ventos e as ondas provocaram o naufrágio de um pesqueiro no dia de Natal perto da ilha central de Leyte. Dois tripulantes morreram e seis foram resgatados.
As outras pessoas mortas, incluindo um bebê, foram vítimas de afogamento nas cidades de Libmanan e Tinambac, de acordo com a Defesa Civil.
A Guarda Costeira também informou ter resgatado 23 pescadores a bordo de dois barcos que viraram quando atingidos por ondas altas na cidade de Zamboanga, no sul, no domingo.
Outras 19 pessoas continuam desaparecidas, a maioria são pescadores que entraram no mar, apesar das condições perigosas.
O mau tempo no centro e no sul das Filipinas coincidiu com um período de milhões de viagens para as festas de Natal, quando as famílias do país, de maioria católica, se reúnem para celebrar.
O país é considerado um dos mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas.
Os cientistas têm alertado que as tempestades e eventos extremos estão se tornando mais comuns e perigosos à medida que a temperatura global aumenta.
* AFP