O principal tribunal do Sri Lanka absolveu nesta sexta-feira dois altos funcionários acusados de "crimes contra a humanidade" por não terem evitado os atentados do domingo de Páscoa de 2019, que deixaram 279 mortos.
Um painel de três juízes rejeitou as 855 acusações existentes contra Hemasiri Fernando, então secretário do ministério da Defesa, e Pujith Jayasundara, que na época dos ataques era inspetor geral de polícia.
De acordo com um funcionário do tribunal, os juízes absolveram os réus por unanimidade.
O Estado acusou os dois homens em novembro por falta de reação a advertências de uma agência de inteligência indiana de que jihadistas locais preparavam um atentado suicidas em abril de 2019.
Os ataques, atribuídos a um grupo islamita radical local, ocorreram em três igrejas e três hotéis da capital: o balanço foi de 279 mortos, incluindo 45 estrangeiros, e mais de 500 feridos.
Os dois altos funcionários foram detidos em 2019 e permaneceram na prisão por quatro meses, antes da libertação sob fiança. Jayasundara foi o policial de maior escalão a ser preso em 155 anos de história do país.
O procurador-chefe da época, Dappula de Livera, disse ao tribunal que a "negligência" dos dois homens equivalia a "crimes graves contra a humanidade" e os acusou de assassinato.
* AFP