"Dezenas" de pessoas foram mortas na noite de domingo em vários ataques a vilarejos e um complexo para deslocados em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo, informaram fontes concordantes nesta segunda-feira (22).
Uma fonte militar de alto escalão, que pediu anonimato, disse à AFP que esses ataques, registrados no território de Djugu, deixaram "dezenas de mortos". Especialistas do Barômetro de Segurança Kivu (KST), que inicialmente se referiram ao número de 107 mortos, revisaram o número para 29 na noite de segunda-feira.
"A grande maioria dos mortos é de civis", disse o KST, observando que os ataques foram obra do grupo Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo), formado por membros da comunidade Lendu.
O campo atacado conta com um número significativo de membros da comunidade Hema, rival de Lendu, explicou a mesma fonte à AFP.
"O inimigo até ateou fogo a um campo de deslocados. Isso constitui um crime de guerra e um crime contra a humanidade", disse o tenente Jules Ngongo, porta-voz do exército em Ituri.
Tanto Ituri quanto a província vizinha de Kivu do Norte estão em estado de sítio desde 6 de maio, uma medida excepcional para combater grupos armados. Lá, as autoridades civis foram substituídas por militares e policiais.
* AFP