O atentado próximo ao aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, matou mais de 180 pessoas. As vítimas são 13 soldados norte-americanos e ao menos 170 afegãos, de acordo com um funcionário do Ministério da Saúde, que falou sob condição de anonimato com a emissora ABC News. Entre os 170 mortos estariam 32 homens, dois meninos e quatro mulheres. A identidade das outras vítimas ainda não foi confirmada.
Segundo o Pentágono, apenas um homem-bomba cometeu o atentado desta quinta-feira (26).
— Não acreditamos que tenha havido uma segunda explosão no hotel Baron, ou perto dele. Foi apenas um homem-bomba — declarou o diretor adjunto do Estado-Maior Conjunto, general Hank Taylor.
O general disse, ainda, que o ataque foi feito por um homem-bomba suicida nas proximidades do portão da Abadia, onde afegãos desesperados se aglomeravam. Após o ataque, tiros foram ouvidos.
Ainda existem 5,4 mil pessoas dentro do aeroporto esperando para serem retiradas do Afeganistão após o Talibã tomar o poder no país. Ainda segundo o Pentágono, as operações de retirada continuam ocorrendo sob "ameaças específicas e críveis" de grupos terroristas.
O ataque de quinta-feira foi o segundo mais letal para tropas norte-americanas desde o início da ocupação e foi executado pela filial afegã do Estado Islâmico, conhecida como ISIS-K e rival do Talibã. O Estado Islâmico Khorasan foi criado há seis anos por dissidentes do Talibã paquistanês.