Refugiados rohingyas em Bangladesh evitam fazer o teste de COVID-19 por medo de serem enviados para uma ilha remota em caso de positivo, informaram funcionários locais e responsáveis comunitários esta semana à AFP.
Epidemiologistas temem os estragos que uma epidemia de coronavírus poderia causar nos campos de refugiados superlotados no sul de Bangladesh.
Esses campos abrigam quase um milhão de rohingyas, minoria muçulmana perseguida na vizinha Mianmar, que vivem em situação de extrema pobreza.
"Os rohingyas estão aterrorizados", afirmou um funcionário de saúde sob a condição do anonimato, apesar de "lhes dizermos que não seriam enviados para nenhum outro lugar".
A perspectiva de serem realocados para Bhashan Char "provocou um pânico generalizado entre nosso povo", disse à AFP Nurul Islam, líder da comunidade rohingya.
* AFP