Afonso Dhlakama, ex-guerrilheiro e chefe do principal partido de oposição em Moçambique, Renamo, faleceu aos 65 anos, anunciaram fontes coincidentes nesta quinta-feira (3).
Sucumbiu a um problema cardíaco, declararam à AFP várias fontes do partido. A emissora de televisão local TIM também anunciou a morte.
Afonso Dhlakama dirigiu durante 39 anos o Renamo, que combateu o partido no poder Frelimo até o fim da guerra civil, em 1992, antes de se tornar o partido opositor.
Não obstante, Renamo retomou as armas em 2013, no centro do país, para contestar o controle do Frelimo, no poder desde a independência, em 1975.
A morte de Afonso Dhlakama ocorre em um momento crucial para Moçambique, em plena negociação de paz entre o chefe da oposição e o presidente Filipe Nyusi.
No final de 2016, Afonso Dhlakama, que vivia entrincheirado nas montanhas de Gorongosa (centro) desde 2013, havia proclamado um cessar-fogo para fazer avançar as negociações com o poder. Esta trégua é, desde então, amplamente respeitada, embora não tenha sido assinado nenhum acordo formal entre as duas partes.
Estão previstas eleições gerais em Moçambique em outubro de 2019.
* AFP