O balanço de mortos no prédio que sofreu um incêndio de grandes proporções em Londres subiu de 17 para 30, informou a polícia britânica nesta sexta-feira (16). Autoridades disseram que o fogo foi extinto e ainda não há indícios de que foi provocado deliberadamente.
O comandante da polícia, Stuart Cundy, contudo, acredita que "infelizmente, o número voltará a aumentar". Segundo ele, das 24 pessoas que ainda estão hospitalizadas, 12 estão em estado grave.
Em seu último relatório oficial, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido informou que os feridos recebem tratamento médico em quatro hospitais da capital.
Leia mais:
Polícia prende homem com faca diante do Parlamento britânico
Premiê ordena investigação pública sobre o incêndio em Londres
Grenfell Tower: um totem fúnebre no coração da Londres rica
Segundo Cundy, das 24 pessoas que ainda estão hospitalizadas, 12 estão em estado grave. Em seu último relatório oficial, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido informou que os feridos recebem tratamento médico em quatro hospitais da capital.
Os serviços de emergência falam em "dúzias" de desaparecidos no acidente e os meios de comunicação locais especulam que o fogo na Torre Grenfell - um bloco 24 andares e 120 apartamentos, onde viviam entre 400 e 600 pessoas, no bairro de North Kensington - teria deixado "mais de 150 mortos". No entanto, policiais estimam que o número de vítimas fatais não superaria 100.
A primeira vítima foi identificada como o refugiado sírio Mohammed Alhajali, de 23 anos, que estudava engenharia civil e estava no 14º andar quando o incêndio começou. A polícia do Reino Unido admitiu ser possível que muitas das pessoas mortas no incêndio não possam ser identificadas.
O imóvel incendiado, cujos sistemas de segurança estão sendo duramente questionados, começou a pegar fogo na noite de terça-feira e as chamas se propagaram em apenas meia hora, cobrindo toda a torre e dificultando a fuga dos residentes do prédio, muitos dos quais ficaram presos.
Visita real
A rainha Elizabeth II e o duque de Cambridge foram nesta sexta-feira (16) a um centro montado para ajudar os afetados pelo incêndio. Em uma visita não anunciada, parcialmente televisionada pela rede BBC, a monarca e seu neto, o príncipe William - segundo na linha de sucessão do trono -, conversaram com voluntários, atingidos pelo incidente e representantes da comunidade do bairro de North Kensington.
Elizabeth II já havia transmitido na véspera os seus pêsames aos afetados pela tragédia e elogiou a "valentia" dos bombeiros que correram para socorrer as vítimas, e a "generosidade incrível" dos voluntários, em um comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham, sua residência oficial.