
Dois criminosos armados com facas fizeram reféns um padre, duas freiras e dois fiéis na manhã desta terça-feira em uma igreja em Saint-Etienne-du-Rouvray, a 125 quilômetros de Paris, no norte da França. O padre de 84 anos, identificado como Jacques Hamel, foi morto. Outros três reféns ficaram gravemente feridos.
A polícia isolou o local e tentou negociar com a dupla. O cerco terminou somente 40 minutos depois, quando agentes mataram os criminosos. Ainda não se sabem as motivações dos dois criminosos. A investigação está a cargo da seção antiterrorista.
Alvo de três ataques nos últimos 18 meses, a França se encontra afundada no medo de novos ataques. O atentado à igreja aumenta a tensão no país e ocorre 12 dias depois do ataque em Nice, que deixou 84 mortos e mais de 300 feridos, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (IE). Ataques na Alemanha nos últimos dias também aumentam o medo na Europa.
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O presidente francês, François Hollande, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, dirigiam-se ao local do crime. O primeiro-ministro, Manuel Valls, disse que os franceses "permanecerão unidos" diante deste "ataque bárbaro".
Depois do ataque em Nice, a França estendeu por seis meses o estado de emergência, em vigor desde os atentados terroristas de 13 de novembro do ano passado em Paris, um regime que dá à polícia poderes adicionais.
Em seus comunicados o IE convoca a atacar os líderes "cruzados" ocidentais e o "reino da Cruz" – uma expressão que faria referência à Europa. A ameaça de um ataque contra um local de culto cristão estava na mente de todos na França, sobretudo depois que um projeto de atentado contra uma igreja católica nos arredores de Paris, em abril de 2015, foi abortado.