
O Centro Integrado de Atendimento às Vítimas de Acidentes (Ciava), criado pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), após a tragédia da Boate Kiss, está ajudando no atendimento às vítimas do incêndio em uma creche que deixou sete mortos e dezenas de feridos em Janaúba, Minas Gerais.
Os profissionais de Santa Maria estão fornecendo informações e protocolos de atendimento a distância para contribuir com a eficiência do tratamento aos feridos no incêndio de Minas Gerais. De acordo com a chefe da Unidade de Reabilitação do Husm e coordenadora do Ciava, Marisa Pereira, oportunidades como essa são a prova da consolidação da rede criada em Santa Maria após a tragédia da Boate Kiss:
– Isso representa a consolidação de um trabalho, de uma experiência e de uma expertise que nós construímos durante esse período do desastre da Boate Kiss – destaca Marisa.
O Ciava conta com 24 profissionais, sendo médicos de diversas especialidades (nas áreas da pneumologia, psiquiatria e cirurgias) e também uma equipe multiprofissional (com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e enfermeiros).
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Além do apoio durante o atendimento às vítimas de Minas Gerais, a Unidade de Santa Maria está prestando também orientação para que o tratamento seja feito de forma contínua e direcionada a todos os envolvidos, semelhante ao que ocorre no município desde a tragédia na Boate Kiss.
O Ciava já foi acionado outras vezes para servir de referência nesse tipo de serviço. A unidade foi chamada, por exemplo, para ajudar e acompanhar o atendimento às vítimas do incêndio florestal que deixou 64 pessoas mortas e mais de cem feridos em Portugal, no final do mês de junho. A coordenadora do Centro, Marisa Pereira, que é fisioterapeuta, irá para Portugal em janeiro, compartilhar a experiência desenvolvida no município.