Os corpos das seis pessoas da mesma família encontradas mortas em Cordilheira Alta, no Oeste catarinense, estão sendo velados a partir das 19h desta quinta-feira, no Centro Comunitário do distrito de Fernando Machado, próximo à casa onde viviam.
Os corpos começaram ser liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Chapecó a partir das 16h e seguiram para o local. O enterro será no cemitério da comunidade, nesta sexta-feira.
- O clima na cidade é de luto. O primeiro momento é de perplexidade, todo mundo ficou assustado e chocado. No velório, a sensação é outra, de tristeza e comoção. A cidade é pequena, todo mundo é parente ou amigo de todo mundo. Não vai ser fácil superar isso não - desabafou o prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni.
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Cordilheira Alta decreta luto oficial de três dias
Na manhã desta quinta-feira, o prefeito Alceu Mazzioni, decretou luto oficial de três dias nos setores de Administração Pública Municipal em função da morte de Alcir Pederssetti, que era funcionário da prefeitura.
- Mas além dele foram outras cinco pessoas que perderam suas vidas, gente importante para a cidade, que morava aqui desde a fundação do município. A tragédia foi muito grande, todos conheciam pelo menos algum dos seis. - declarou Mazzioni.
As escolas municipais não tiveram aulas no período vespertino e não abrirão nesta sexta-feira. Bandeiras oficiais estão hasteadas a meio mastro na prefeitura do municipio.
- Enquanto servidor, o Alcir sempre cumpriu perfeitamente suas funções. Tinha diálogo com a equipe, era uma pessoa muita tranquila. Às vezes as pessoas perdem a calma, ficam irritadas, e ele não; era tranquilo, pacífico. Ele estava de férias e passou a tarde de quarta-feira na prefeitura, conversando e contando piada com os colegas da prefeitura. - finalizou o prefeito.
Foto: Gabriel Rosa/Agência RBS
Relembre o caso
A polícia investiga um possível caso de homicídio seguido de suicídio em Cordilheira Alta, cidade de pouco mais de 4 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina. O principal suspeito é Alcir Pederssetti, de 41 anos, que teria matado cinco pessoas de sua família e em seguida tirado sua própria vida na madrugada desta quinta-feira.
Segundo a Polícia Militar (PM), os corpos estavam em casa e foram encontrados pela diarista por volta das 7h30min da manhã. A mulher encontrou dois corpos - de Alcir e da filha de 16 anos - na sala da residência e correu ao posto de saúde, onde um funcionário acionou a polícia. A arma do crime seria um revólver calibre 38, registrado por Alcir e em condições totalmente legais, de acordo com a corporação.
As vítimas são a esposa, Monica Moresco Pedersseti, 33 anos; a filha, Lana Eduarda Moresco Pedersseti, 16 anos; a cunhada, Lucimar Aparecida Moresco, 36 anos; e os sogros do suspeito, Antônio Moresco, 68 anos, e Luiza Moresco, 65 anos. Segundo amigos da família, Lucimar tinha problemas mentais e vivia sob os cuidados de Monica, assim como Antônio, que vivia acamado após um derrame.
Todos moravam juntos na mesma residência. O tenente Rossi, da PM de Chapecó, afirma que o crime pode ter sido motivado por um conflito entre o casal, que estaria se separando e discutia em função da divisão da casa de dois andares, local do crime, no distrito de Fernando Machado, área mais afastada de Cordilheira Alta e a cerca de 15 quilômetros de Chapecó. Cerca de 200 famílias moram na comunidade.
Crime no Oeste de SC
Família encontrada morta em Cordilheira Alta é velada em Centro Comunitário
O enterro será no cemitério da comunidade, nesta sexta-feira
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