Nova Petrópolis também está entre as cidades que correm o risco de perder sua rodoviária. No próximo dia 31 de maio, vence a atual concessão e, sem interesse de outro locatário - nas duas últimas licitações desde 2013 não houve candidatos -, o terminal pode fechar as portas. Durante 40 anos, a concessão ficou com o empresário Ernani Spier, 72 anos, que alega ter prejuízo e não tem mais interesse no negócio.
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Mesmo sem responsabilidade sobre a rodoviária, a prefeitura e algumas entidades empresariais do município correm para conseguir reverter a situação. Afinal, a cidade é um importante ponto turístico da serra gaúcha, recebendo cerca de 1 milhão de visitantes anualmente. Segundo o secretário de Administração, Bruno Seger, as perdas seriam "incontáveis".
Como alternativa, Nova Petrópolis busca parceiros comerciais para arcar com o valor do aluguel do prédio onde funciona a atual rodoviária, de propriedade da família Spier. No local, seguem funcionando 17 lojas, que, segundo Seger, também dependem da movimentação dos passageiros. Como não deve haver uma concessão neste momento, nem mesmo provisória, a solução encontrada foi pedir às empresas de ônibus que coloquem cobradores nas linhas que atendem o município.
-Propomos, como argumento de negociação, que as empresas paguem apenas 50% do percentual que habitualmente direcionam aos concessionários. Assim poderiam usar esse dinheiro como forma de pagamento desses funcionários extras - explica Seger, que garante que Nova Petrópolis não ficará sem rodoviária.
Já em Ijuí, no Noroeste, a rodoviária passará a ser administrada por um novo concessionário a partir de 14 de junho. O problema envolvendo o terminal também diz respeito ao prédio. Como o local é de propriedade do atual locatário, o novo administrador precisará de um lugar para funcionar, já que não houve negociação entre as partes.
De forma provisória, a rodoviária funcionará em um espaço no Bairro Modelo. A expectativa é de que em dois anos um novo terminal esteja em operação, segundo a prefeitura. O único porém é que a cidade perde a referência de localização da rodoviária, justamente devido ao fato de que, no Estado, a maioria esmagadora dos prédios utilizados como estação pertence ao poder privado.
* Zero Hora