Em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, a situação não é diferente da imensa maioria das rodoviárias gaúchas. O prejuízo financeiro é o principal problema enfrentado pelo concessionário, que no caso hamburguense, é o próprio município. Para não ficar sem rodoviária, a prefeitura, via Companhia Municipal de Urbanismo (Comur), assumiu a responsabilidade pela administração até que apareça algum empresário interessado. A questão é, que nas últimas licitações, não houve candidatos.
- Como alguém vai se interessar por um negócio que só dá prejuízo? - questiona o presidente da Comur, Lino De Negri.
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Embora a maioria das licitações fracassadas, que ficaram desertas, pertençam à categoria 4 (com arrecadação de no máximo R$ 7 mil), há casos de estações classificadas na melhor das categorias, a 1, com receita superior a R$ 24 mil. É o caso da rodoviária de Novo Hamburgo.
Funcionando em um prédio considerado modelo e respeitando todas as exigências do Daer, a estação atende diariamente 2 mil pessoas. O terminal foi inaugurado em 2003 e hoje, com uma estação da Trensurb acoplada, o movimento de passageiros aumentou, embora ainda seja considerado pequeno em comparação com outras rodoviárias do Estado. Segundo De Negri, a falta de linhas para atender itinerários importantes, como Cachoeira do Sul, Litoral Sul e algumas cidades da Serra, prejudicam o negócio.
- O Daer precisa reavaliar os destinos oferecidos. É inadmissível que uma cidade do tamanho e importância de Novo Hamburgo tenha uma rodoviária que dê prejuízo no lugar do lucro - afirma.
A solução para o problema, assim como das demais rodoviárias que estão capengas financeiramente, segundo o Daer, pode estar no plano diretor que está sendo gestado.
* Zero Hora
