A mulher suspeita de ter colaborado com o pai e a madrasta de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, no assassinato da criança, é assistente social. Presa na noite de segunda-feira, Edelvania Wirganovicz, 40 anos, trabalha na 19ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Frederico Westphalen.
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Apesar da formação em Serviço Social, ela exerce a função de assistente farmacêutica na Coordenadoria, e atua na separação de medicamentos há pouco mais de um ano. Segundo o coordenador do órgão, Cirilo Fronza, Edelvania possui contrato temporário com a prefeitura de Cristal do Sul, cidade vizinha, e trabalha em Frederico Westphalen devido a uma permuta com a Coordenadoria.
- Ela tinha uma conduta absolutamente normal no trabalho e, quando houve um comentário de que ela estava envolvida no crime, ninguém acreditou. Foi uma surpresa - relata Fronza.
De acordo com o coordenador, a notícia da morte de Bernardo chocou Frederico Westphalen, e espalhou pela cidade um sentimento de luto:
- O que choca nesse caso é que as três pessoas suspeitas trabalham com saúde. Deveriam estar salvando vidas.
Sobre o contrato da assistente farmacêutica, ele comenta que já notificou a prefeitura de Cristal do Sul que a Coordenadoria não tem mais interesse no trabalho dela, independentemente do desfecho do caso na Justiça.
Segundo a Polícia Civil de Três Passos, Edelvania era amiga da madrasta de Bernardo e teria colaborado com o crime. O menino foi encontrado morto no interior de Frederico Westphalen, enterrado em um matagal.
O médico Leandro Boldrini, 38 anos, a mulher dele, Graciele Ugolini, 32 anos, e Edelvania ainda não definiram um advogado de defesa, segundo a irmã de Graciele, Simone Ugolini.
O caso que abalou Três Passos
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no último dia 4, uma sexta-feira, em Três Passos. De acordo com o pai, ele teria ido à tarde a Frederico Westphalen com a madrasta para comprar uma TV.