Luan Barcelos da Silva, matador confesso de seis taxistas, viveu uma gangorra emocional nos dois dias em que executou suas vítimas. Alternou momentos de extremo nervosismo com outros de frieza.
É o que mostra o depoimento de três horas e 30 minutos prestado no sábado, dia 13, à delegada Melina Bueno e à inspetora Elisângela Cândido, da Polícia Civil, que atuou como escrivã.
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Confira a íntegra do depoimento de Luan à Polícia Civil
O interrogatório está resumido em cinco folhas de ofício, às quais Zero Hora teve acesso. No depoimento surgem revelações como o destino dado pelo assassino confesso à arma e também por que evitou matar outros taxistas que abordou.
Confira alguns trechos do testemunho de Luan, logo após ser preso:
A compra do revólver
Logo no início do depoimento, Luan diz que foi a Santana do Livramento na segunda-feira da Semana Santa, de ônibus, onde o aguardava sua mãe adotiva (a avó paterna). A intenção era vender alguns equipamentos para obter dinheiro e pagar o aluguel do apartamento que dividia com um conterrâneo em Porto Alegre. Ele diz que um amigo pediu que guardasse uma arma e aí teve a ideia de usá-la para praticar assaltos e conseguir saldar o débito: