Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia em 1934, pela Escola Nacional de Belas Artes, e seu primeiro projeto individual foi o edifício Obra do Berço, no Rio, em 1937, no qual já mostrou características que marcariam seus trabalhos ao longo dos anos, como plantas e fachadas livres, influências da arquitetura moderna e do francês Le Corbusier.
Em 1939, projetou o Pavilhão Brasileiro na Feira Mundial de Nova York, ao lado de Lúcio Costa. Em 1946, foi um dos convidados a construir a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na cidade norte-americana de Nova York. Sua obra-prima foi o plano piloto da capital federal, Brasília, inaugurada em 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Trabalhando com Lúcio Costa a convite do presidente, projetou os edifícios do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, Congresso Nacional, Catedral e Esplanada dos Ministérios, que deram fama internacional a Brasília.
Niemeyer assinou cerca de 500 obras. Confira as mais famosas
Complexo da Pampulha
En­tre 1940 e 1944, Nie­me­yer pro­je­tou no bair­ro da Pam­pu­lha, em Be­lo Ho­ri­zon­te, um cas­si­no (ho­je Mu­seu de Ar­te da Pam­pu­lha), um res­tau­ran­te, um clu­be náu­ti­co, a igre­ja de São Fran­cis­co e a Ca­sa de Bai­le. O pro­je­to mar­ca o es­tá­gio em que ele aban­do­na o ân­gu­lo re­to em fa­vor das cur­vas - a igre­ja que lem­bra um han­gar é um exem­plo.
Sede das Nações Unidas em Nova York
Em 1946, jun­to com ou­tros 10 ar­qui­te­tos, Nie­me­yer foi con­vi­da­do a orien­tar o pro­je­to da no­va se­de da ONU em No­va York. O de­se­nho fi­nal do edi­fí­cio com­bi­nou dois pro­je­tos: o que ha­via si­do apre­sen­ta­do pe­lo an­ti­go mes­tre de Nie­me­yer, Le Cor­bu­sier, e o pla­no do pró­prio Nie­me­yer.
Museu de Arte Contemporânea
Mu­seu em for­ma de na­ve es­pa­cial ou um cá­li­ce pou­sa­do so­bre um ro­che­do à bei­ra mar na Praia da Boa Via­gem, em Ni­te­rói, pro­je­ta­do por Nie­me­yer em 1996. Foi es­co­lhi­do por uma das re­vis­tas de tu­ris­mo mais con­cei­tua­das do mun­do uma das se­te no­vas mara­vi­lhas do mun­do.
Brasília
Foto: Divulgação
Congresso Nacional, projetado por Nie­me­yer
Em 1956, Jus­ce­li­no Ku­bits­chek, en­tão pre­si­den­te da Re­pú­bli­ca, en­co­men­dou ao ar­quite­to um pro­je­to pa­ra a cons­tru­ção da no­va ca­pi­tal. Nie­me­yer su­ge­riu que fos­se aber­to con­cur­so na­cio­nal pa­ra o pla­no da ci­da­de. Lú­cio Cos­ta ga­nhou e Nie­me­yer pro­je­tou, sem­pre em bus­ca da li­ber­da­de cria­ti­va, os prin­ci­pais pré­dios pú­bli­cos da ci­da­de. En­tre eles, o Pa­lá­cio da Al­vo­ra­da, a ca­te­dral de Bra­sí­lia, o Pa­lá­cio do Pla­nal­to, o Su­pre­mo Tri­bu­nal Fe­de­ral, Mi­nis­té­rio da Jus­ti­ça, Con­gres­so Na­cio­nal, a ca­te­dral, o Tea­tro Na­cional e a Pra­ça dos Três Po­de­res.
Memorial da América Latina
Foto: Divulgação
O em­preen­di­men­to pro­je­ta­do por Nie­me­yer em 1989 foi cria­do com o ob­je­ti­vo de reu­nir as mais ex­pres­si­vas ma­ni­fes­ta­ções cul­tu­rais do con­ti­nen­te no me­mo­rial em São Pau­lo. Se­gun­do o ar­qui­te­to, o que fez com mais pra­zer foi a es­cul­tu­ra de con­cre­to com se­te me­tros de al­tu­ra, com o ma­pa do con­ti­nen­te de on­de es­cor­re san­gue. A obra significaria, se­gun­do Nie­me­yer, um pro­tes­to con­tra a Amé­ri­ca La­ti­na sa­cri­fi­ca­da.
- Mais sobre:
- geral
- obituário
- oscar niemeyer