O Gre-Nal do próximo domingo será o primeiro em décadas que será disputado em um estádio que sofre com reformas de grandes proporções. Sem toda a parte inferior das arquibancadas, o Beira-Rio sediará o clássico de número 393 com menos espaços e, assim, menos público. Porém, com mais preocupação em relação à segurança dos 18 mil torcedores que devem assistir ao jogo a partir das 16h.
Para o presidente do Inter Giovanni Luigi, a segurança é o aspecto número um a ser estudado e trabalhado para o embate com o Grêmio - válido pela 19ª e última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
- O Beira-Rio passa por reformas. Sabemos que a segurança é o aspecto número um. A Brigada Militar e todos que estamos envolvidos sabemos disso. Precisamos aguardar pelos dados da Brigada, um órgão que tecnicamente já demonstrou capacidade em jogos de Libertadores, Brasileiro e de outras competições. O Inter espera que a Brigada defina o número de torcedores para dar segurança ao jogo - disse Luigi, em entrevista aos jornalistas Nando Gross e Rafael Serra, no programa Hoje nos Esportes, da Rádio Gaúcha, no início da noite desta segunda-feira.
Questionado sobre a posição desejada pela direção para o time ao fim do primeiro turno, Luigi foi direto. Declarou que gostaria de ver o Inter entre os quatro primeiros - fato não mais possível, já que a equipe está três pontos atrás do Grêmio. Falou que, em parte, isso se deve aos constantes desfalques que assolaram o clube durante a temporada.
- O Inter enfrentou uma série de convocações de seus jogadores para as suas seleções - frisou, referindo-se a jogadores como Damião, Oscar, Forlán e Guiñazu. - Dátolo sofreu cirurgia, ficou muito tempo afastado. Ele dá opção ao treinador. Além dele, tem o D'Alessandro, que tem liderança técnica, é o capitão da equipe e está há muitos jogos fora. Acho que temos potencial de crescimento no segundo turno, mas isso (a volta dos jogadores lesionados e convocados) não é garantia de que vamos crescer - complementou.
Sobre o Gre-Nal, Giovanni Luigi demonstrou cautela. Lembrou que chegar bem a um clássico não é garantia de vitória e que, na sua história e também recentemente, nem sempre quem estava melhor venceu.
- É um jogo à parte e eu não faria um prognóstico. É um jogo separado do Campeonato Brasileiro. Jogar em casa não quer dizer que favoreça o Internacional. O Inter sabe que este é um jogo fora do contexto. Todos sabem disso. Só podemos trabalhar durante a semana para fazermos um grande clássico. A vitória é muito importante para nós - concluiu.