Desde o início da manhã, integrantes do Cpers fazem vigília em frente ao Palácio Piratini para se certificar que o projeto de lei que concede reajuste de 23,5% em três parcelas ao magistério seja retirado da pauta de votações da Assembleia Legislativa nesta terça-feira.
Na segunda-feira, pressionado pelo sindicato e sem a possibilidade de contar com a presença de quatro deputados aliados em Plenário, o governo resolveu adiar a apreciação do reajuste. Após quatro horas na Casa Civil, o Cpers recebeu um ofício no qual o governo se comprometeu em retirar o projeto da pauta. Também ficou acertado que governo e Cpers terão uma nova rodada de negociações na sexta-feira.
A presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, diz que a vigília foi organizada para acompanhar "como se movimenta a Assembleia":
- O governo se comprometeu que o projeto não seria votado nesta semana. Viemos garantir que ele não seja votado hoje.
Em recente assembleia realizada em frente ao Piratini, o Cpers referendou a exigência do pagamento do piso nacional do magistério ainda em 2012. O patamar, reajustado recentemente pelos 22% do índice Fundeb, é de R$ 1.451,00. Para chegar nesta remuneração, o sindicato defende a concessão de reajuste de 22,41% em maio, agosto e novembro.
O Piratini alega ser inviável atender a reivindicação e se escuda no argumento de que desrespeitaria a Lei de Responsabilidade Fiscal ao conceder o reajuste e, consequentemente, ultrapassar o limite máximo de gastos com a folha de pagamento. O cronograma do governo prevê que, em 2014, o básico dos professores será de R$ 1.260,00.