
Pouco após a vitória do Brasil sobre a Bolívia no Sul-Americano Sub-20 neste domingo (26), a CBF informou que enviou uma representação à Conmebol e às autoridades venezuelanas por conta de atos racistas sofridos pelo atacante Rayan.
Segundo a entidade, o jovem teria sido chamado de "mono" ("macaco", em espanhol) e visto o goleiro boliviano Fabián Pereira fazendo um gesto imitando o animal em sua direção. Ele e o resto da equipe, ainda em campo, denunciaram o caso à arbitragem.
Antes do apito final, alguns focos de confusão surgiram no gramado do estádio Misael Delgado, na cidade de Valencia, na Venezuela, onde foi disputada a partida. Nas imagens de transmissão, foi possível notar o meio-campista do Corinthians Breno Bidon expondo os gestos ao árbitro Michael Espinoza.
Ainda de acordo com a confederação, Rayan reiterou no vestiário, depois do final da partida, a gesticulação do goleiro rival.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em nota, repudiou o ocorrido e ressaltou que a entidade tomará providências. "É repugnante assistir novamente atos de racismo contra um atleta. Racismo é crime e vou sempre me solidarizar. Não podemos normalizar. Estamos tomando medidas efetivas para punir os responsáveis com rigor", afirmou.
O jogo terminou em 2 a 1 para o Brasil. Breno Bidon, um dos primeiros a denunciar o possível ato de racismo, marcou o segundo gol da seleção e foi um dos regentes da vitória. Com o resultado, a equipe de Ramon Menezes ocupa a terceira colocação do Grupo B e entrou na zona de classificação ao hexagonal final do torneio.