Diogo Olivier: o verdadeiro vilão da ruindade do Brasil na Copa América

Depois da derrota para a Colômbia na Copa América, desfia-se um rosário de culpas país afora. A Neymardependência, a entressafra de talentos, a confiança arruinada no 7 a 1, a evolução notória dos adversários médios, agora com destaques brilhando na Europa, algo que não acontecia há 30 anos.

Confira a tabela da Copa América

Não discuto nenhuma delas. São todas verdadeiras. Mas o vilão desta lenta agonia do futebol brasileiro, que há muito é comum, mesmo quando ganha, o Vilão com V maiúsculo, ainda não ouvi ninguém declamar com todas as letras.

Dunga critica arbitragem e diz que brasileiros aceitaram provocações

O vilão não é Dunga. Ele convocou os melhores. Não há nenhuma ausência grave, capaz de fazer a diferença. Dunga mal teve contato com os jogadores para ser cobrado em termos de organização tática.

Dani Alves critica arbitragem pela expulsão de Neymar

Vinha de sucesso em amistosos contra rivais graúdos, como França e Argentina, embora o ficha 1 por merecimento para assumir a Seleção, após a saída de Felipão, fosse Tite. Os jogadores também não merecem o rótulo da vilania. Fazem o que podem. Tirando Neymar, nenhum é protagonista em seus clubes. São bons, alguns muito bons, mas ficam nisso.

Sem Neymar, Dunga busca alternativas para escalar a Seleção

Vale lembrar: falamos aqui de Seleção Brasleira, cinco vezes campeã mundial, herdeira de Pelé e Garrincha, de Romário e Ronaldo. Não podemos baixar o parâmetro da nossa régua. Quem é o vilão, portanto? Melhor soletrar: C-B-F.

Neymar detona arbitragem: "A culpa sempre é minha"

Há décadas a CBF suga o nosso futebol sem planificação alguma, entregando a funcionários de gabinete a organização dos campeonatos e se preocupando só em ganhar mais dinheiro em contratos com a Seleção Brasileira. Por culpa destes cartolas é que nossos adversários, mais ou menos tradicionais, foram encurtando a diferença.

A Alemanha deflagrou a sua reinvenção a partir de um documento escrito por seus dirigentes, reconhecendo mediocridades, planejando mudanças e colocando mãos à obra mirando o futuro no longo prazo. Na Europa, do Oeste e do Leste, os clubes se organizam em ligas. E nós?

Nós temos a CBF, cujos ex-presidentes estão metidos no escândalo de corrupção da Fifa. Um entrega o osso do poder para o seguinte e todos vão roendo felizes. Há décadas é assim. Um destes senhores está em cana, na Suíça. Temos de identificar corretamente os nossos vilões.

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*ZHESPORTES