Leandro Behs
Além do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e do Ministério Público, o Bom Senso F.C. também passa a acompanhar os desdobramentos do Caso Garibaldi. Dida, goleiro do Inter e um dos líderes do Bom Senso, o movimento criado pelos jogadores para cobrar mudanças no futebol brasileiro, lembra que a exploração aos atletas das categorias de base vêm de muitos anos atrás.
Garibaldi será alvo de denúncia do Tribunal de Justiça Desportiva
- Comecei a jogar nos juniores do Cruzeiro (de Arapiraca-AL). Quando estava para completar 18 anos, o Vitória me viu jogar e quis me levar para o time profissional. Os dirigentes do Cruzeiro, então, me forçaram a abrir mão dos 15% da transferência (na época, no início dos anos 90, o jogador recebia 15% do valor da transação) ou eu não seria vendido. Eu sequer recebia salário. Não me restou alternativa: era sair sem nada para um time grande ou seguir no Cruzeiro (AL). Abri mão do primeiro dinheiro que receberia na vida por causa deste abuso - contou Dida.
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O goleiro acabou fazendo carreira no Vitória e ganhando o mundo. Agora, perto de completar 41 anos, Dida sonha melhorar o futebol no Brasil e lamenta que os jovens atletas sigam sendo explorados:
- O Bom Senso tenta mudar esta situação vergonhosa no Brasil, mudar a maneira como o futebol é tratado aqui. Sei que não é fácil, mas estes meninos precisam seguir sonhando.
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