De acordo com a agência AFP de La Paz, um juiz boliviano informou a inclusão de um jovem brasileiro de 17 anos, residente em São Paulo, no processo da morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, que mantém preso cinco torcedores do Corinthians em uma penitenciária em Oruro.
Identificado como H.A.M., o jovem se entregou à Vara da Infância e da Juventude dias depois da tragédia no jogo entre o Corinthians e o San José, pela Copa Libertadores. Em seu depoimento, confessou ser o responsável por acender o sinalizador que matou o garoto.
- Não posso confirmar essa informação. O estatuto da Criança e do Adolescente me proíbe falar sobre isso. É só com o promotor - disse o advogado dos Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral.
Juiz designado para o caso na Bolívia, Rubén Arciénaga foi quem confirmou a inclusão:
- É a denúncia formal contra a pessoa que se encontraria no Brasil e que seria o responsável por acender o sinalizador que causou a morte de Kevin - disse.
Ao canal ATB, o juiz aformou que o jovem "é imputável de acordo com as leis bolivianas", já que a maioridade penal no país se inicia aos 16 anos. O Brasil não extradita os seus cidadãos.
- Ele não é tão menor de idade quanto parece, sabemos que ele faz 18 anos neste mês - explicou.