Após empatar em 0 a 0 com o Grêmio no primeiro jogo da final do Gauchão no último domingo, na Arena, o Inter tem a vantagem de decidir em casa. Contudo, é imprescindível ao time de Diego Aguirre que não sofra gols no Beira-Rio, pois pode correr o risco de perder o título mesmo com um empate - o regulamento do campeonato prevê gol qualificado fora de casa.
Opinião: O Gre-Nal 405 pelos cascudos do jornalismo gaúcho
Se o placar da Arena for repetido, o troféu será erguido após uma disputa por pênaltis. Aguirre deve sair no atacante para garantir a vitória rapidamente? Ou segurar atrás e tentar pegar o Grêmio no contra-ataque? Foi o que Zero Hora peguntou aos colunistas Diogo Olivier e Luiz Zini Pires e ao comentarista da Rádio Gaúcha, Cléber Grabauska. Confira as opiniões:
Gre-Nal da zoeira: o clássico nas redes sociais
Diogo Olivier, colunista de Zero Hora
"O Inter tem se defendido bem no 4-2-3-1 inclusive quando usa atacantes de velocidade pelos lados, como Sasha e Valdívia, mais Nilmar lá na frente. Todos são disciplinados e ajudam a marcar sem a bola. No Chile, contra La U, foi assim tanto com Jorge Henrique (até este se lesionar) quanto depois, a partir da entrada de Valdívia. Alisson foi mero espectador.
O Inter tem de vencer para ser campeão. Joga em casa. Se encontrou o melhor equilíbrio assim, entregando a jogadores de características mais ofensivas funções defensivas, não há motivo para mudar. Com Dourado e Aránguiz na primeira e na segunda função de meio, o time também fica mais tempo com a bola, sofrendo menos contra-ataques motivados por erros de passe na transição."
Imagens do clássico: o Gre-Nal 405 que você não viu
Cléber Grabauska, comentarista da Rádio Gaúcha
"Os ortodoxos recheariam o meio-campo de volantes e, teoricamente, assim o time teria o controle do setor e, por consequência, do jogo. Mas isso foi tentado no clássico passado com Nico Freitas e não funcionou. Além de não ter uma grande atuação individual, sua presença bagunçou o coreto de Dourado e Aránguiz, que cresceram muito quando voltaram aos seus lugares na etapa final.
No primeiro Gre-Nal, o sistema defensivo do Inter não foi vazado, mas não dá pra dizer que foi perfeito. A zaga apresentou alguns vacilos na primeira etapa e teve sorte porque o Grêmio não acertou o alvo. Mas para o próximo clássico, possivelmente Felipão fará uma troca, lançando Mamute ou Luan, no ataque, jogadores com muito mais movimentação e qualidade individual que Braian Rodriguez.
Esta deverá ser a lição de casa da zaga colorada. O que fazer para neutralizar essa mudança? Afinal, ao que tudo indica, sai Braian, um centroavante de referência, e entra Yuri ou Luan, um homem de movimentação."
Sobrou vontade, faltaram gols: o Gre-Nal 405 em 10 momentos
Luiz Zini Pires, colunista de Zero Hora
"O Inter é farto no meio-campo e no ataque. Pode chamar jovens ou experientes. A falta de jogadores qualificados está concentrada na defesa. Diego Aguirre rema e rema e não consegue encontrar os dois zagueiros mais seguros. Alterna Paulão, Ernando, Alan Costa, Réver e Juan. Na dúvida, pode escalar qualquer um que não vai mudar nada. Ele viu que usar três volantes não blinda defesa.
No clássico, a zaga pode receber ajuda do adversário, doses de tranquilidade. O setor ofensivo do Grêmio é comandado por um atacante que não faz gols, integrante da velha escola dos atacantes posicionados, homem de área e de escassa movimentação. Fosse Braian Rodríguez um goleador, a defesa de Aguirre não dormiria."
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Gre-Nal decisivo
Comentaristas opinam: o que o Inter precisa para não sofrer gols no Beira-Rio
Se Alisson não for vazado, o máximo que pode acontecer é disputa por pênaltis
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