Ele foi o terceiro suspeito de envolvimento ouvido pela polícia desde o início das investigações, depois dos comparecimentos de Tiago Bulzing de Oliveira e Rodrigo Rychter.
- Ele disse que gritou mas não ofendeu. Dizia: "Passa a bola, toca o jogo, F.D.P..." - contou o comissário Lindomar de Souza, chefe de investigações da 4ª DP.
Eder, que não quis falar com jornalistas após depor, contou que ouviu torcedores fazendo xingamentos racistas, mas não soube identifica-los. Ele admitiu conhecer integrantes da Geral, e chegou a reconhecer um deles nas imagens mostradas pela polícia. Ao contrário das informações recebidas pela polícia, no entanto, o torcedor negou que seja membro da organizada.

Em quase uma hora de depoimento na 4ª Delegacia de Polícia, Eder Braga, o torcedor negro visto gritando atrás da goleira de Aranha, que sofreu injúrias raciais na Arena durante Grêmio x Santos, negou ter proferido xingamentos racistas contra o santista.
Segundo o chefe de investigações, assim como os outros depoentes, o torcedor de 31 anos disse não conhecer Patrícia Moreira, que aparece chamando o goleiro santista de macaco em imagens gravadas pela ESPN.
Durante a manhã, a polícia ouviu Rodrigo Rysdyk, o Alemão da Geral, que ajudou a reconhecer torcedores que estavam no jogo Grêmio x Santos. Após o depoimento de Alemão, a polícia expediu mais duas intimações. Um dos torcedores já recebeu o documento e deve depor na sexta-feira. Ainda nesta quarta-feira, Fernando Ascal, identificado em imagens gravadas durante a partida, prestará esclarecimentos na 4ª DP.
O dia mais importante das investigações, no entanto, será quinta-feira. Flagrada chamando o goleiro santista de macaco, a torcedora Patrícia Moreira prestará depoimento. Um esquema de segurança será montado para proteger a integridade física da jovem, que recebeu ameaças após o episódio.
*ZH Esportes