
Quarto suspeito de injúria racial contra o goleiro Aranha ouvido pela polícia, Fernando Ascal negou ter cometido, ouvido ou visto racismo na Arena no jogo Grêmio x Santos. Segundo o comissário Lindomar de Souza, chefe de investigações da 4ª Delegacia de Polícia, o torcedor, que seria integrante da Geral, afirmou que não é racista.
- Ele foi bem objetivo em seu depoimento - avaliou Souza.
Identificado em imagens gravadas na Arena, o torcedor, que seria integrante da Geral, chegou à 4ªDP acompanhado de seu advogado e deixou o local com dois amigos, sem falar com a imprensa. Um de seus amigos, negro, gritou aos jornalistas da janela do carro:
- A Geral não é racista! Olha a minha cor!
Nesta quarta-feira, a polícia ouviu outros dois gremistas. Líder da Geral, Rodrigo Rysdyk, o Alemão, ajudou a polícia a identificar outros torcedores. Após seu depoimento, a polícia expediu duas intimações, das quais uma foi entregue a Bruno Pisoni Garcia, que deve depor na sexta-feira.
As declarações de Eder Braga, torcedor negro que aparece gritando atrás da goleira de Aranha na Arena, também resultarão em intimação. Reconhecido por Eder em imagens, Juliano Franckzak, conhecido como Gaúcho da Geral, também será convocado para prestar esclarecimentos.
O dia mais importante da investigação será quinta-feira. Flagrada gritando a palavra macaco para o goleiro santista, a torcedora Patrícia Moreira está prevista para comparecer à delegacia. Um esquema de segurança será montado para preservar a integridade da jovem, que recebeu ameaças após o episódio.
*ZH Esportes