A transferência da área administrativa do Grêmio para a Arena, iniciada nesta segunda-feira, é a senha para a desocupação completa do Olímpico. E, também, da implosão do velho estádio, que completará 60 anos na sexta-feira. A estimativa é de que no verão de 2015 ele deixe de fazer parte da paisagem do bairro Azenha.
A construtora OAS, que projeta erguer na área do estádio um complexo imobiliário e comercial, já cumpriu as exigências ambientais para a implosão. Foram observados aspectos como a permissão, junto ao exército, do uso de explosivos e também a retirada dos quero-queros que habitavam o local. Quando for marcada a data, será providenciado o fechamento do espaço aéreo junto ao 5º Comando Aéreo Regional (Comar).
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O plano de ação, traçado junto à prefeitura, e que inclui bloqueio de vias, desocupação momentânea de residências, desvio do transporte coletivo, só precisará ser atualizado. É certo que a implosão ocorrerá em um domingo.
Cerca de 60% da chamada demolição mecânica, já foi realizada. Só restarão para serem implodidos a carcaça, a arquibancada superior e as torres de iluminação. Após a desocupação por parte do Grêmio, a OAS ainda terá de vencer uma etapa burocrática para colocar o Olímpico abaixo.
Relembre a derrubada da torre de acesso aos camarotes do Olímpico:
Na renegociação de contrato entre Grêmio e OAS, concluída em abril, ficou acertado que somente após a desoneração da Arena - dada como garantia em empréstimo tomado junto ao BNDES - é que a empreiteira poderá tomar posse do terreno do Olímpico. Para que isto ocorra, é necessário que os bancos envolvidos na operação aceitem a troca da garantia por outras propriedades da construtora.
A liberação dos recursos da transferência para a Arena também estava prevista na renegociação contratual. A construtora comprometeu-se a liberar R$ 10 milhões para a montagem da área administrativa, quadro social, duas lojas, centro de treinamentos, memorial e departamento consular.
- Está tudo pronto, decorado. Caberá ao presidente Fábio Koff determinar o início do funcionamento de cada setor, para que o clube não sofra solução de continuidade - informa Marcos Herrmann, integrante do Conselho de Administração.
Por enquanto, a direção não faz comentários sobre uma possível redução no quadro de funcionários, o que poderá ocorrer por se tratar de uma estrutura mais enxuta e sem maiores necessidades de manutenção.
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Também correrá por conta da OAS a verba para o funcionamento do Instituto Geração Tricolor, que passará a operar em uma estrutura de 800m2, na área náutica do Grêmio, às margens do Guaíba, privilegiando o atendimento de crianças residentes no Humaitá, próxima ao CT Luiz Carvalho, que ficará pronto até o final do mês.
Outra obra, esta a cargo do próprio Grêmio, é encarada como menina dos olhos por Marcos Herrmann. Trata-se do CT de Eldorado do Sul, com 24 hectares, quatro vezes a área da Arena. É lá que o Grêmio irá formar seus futuros jogadores.
- Somado o CT com o estádio moderníssimo, teremos uma estrutura sem igual na América Latina - prevê o dirigente.
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