Rafael Diverio
Ficar fora da Copa, disse o técnico Giampiero Ventura, seria o apocalipse para a Itália. A figura de linguagem é boa, mas equivocada. Apocalipse pressupõe algo inesperado, surpreendente. E a ausência dos tetracampeões no Mundial russo é tudo, menos inesperado e surpreendente. Desde o título de 2006, com uma geração melhor do que a de 1982 no auge (Del Piero, Buffon, Totti, Pirlo, Nesta, Cannavaro etc.), a decadência é escancarada. O time caiu na primeira fase em 2010. Era a ressaca do título recente, disseram. Na edição 2014, nova queda ainda na etapa de grupos. Era a chave mais difícil, justificaram (ao lado da Inglaterra, viu Costa Rica e Uruguai avançarem). Agora, talvez, o tapa na cara tenha sido definitivo.
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