Cambará do Sul,
a terra dos cânions

Em cinco dias na cidade, GaúchaZH percorreu cânions, trilhas, cachoeiras e fazendas para elaborar este especial e ajudá-lo a montar o seu roteiro

Textos

Marcel Hartmann

Imagens

Tadeu Vilani

Edição

Priscila de Martini

Design

Anna Fernandes

Boas viagens, assim como as grandes navegações, prometem transformar o aventureiro. Mas nem sempre é preciso cruzar um oceano. Em Cambará do Sul, a 192 quilômetros de Porto Alegre, na divisa com Santa Catarina, uma paisagem de cânions, cachoeiras, coxilhas, araucárias e Mata Atlântica é um convite a entrar em contato com a natureza e, com isso, retomar o equilíbrio da mente.

Sim, o grande chamariz da cidade são o Itaimbezinho e o Fortaleza, os precipícios majestosos com quase um quilômetro de altura acessíveis por trilhas tão bonitas que o viajante não sabe para qual lado olhar. Mas Cambará do Sul, com menos de 7 mil habitantes, é muito mais: há trilhas para além dos cânions, muitas cachoeiras, piscinas naturais, passeios a cavalo e boas opções de gastronomia.

A cidade é minúscula – locomover-se por ali dispensa carro. Tudo se resume à avenida principal, a Getúlio Vargas, onde fica a pracinha central com a igreja e o termômetro, e suas ruas adjacentes. As grandes atrações, no entanto, são feitas em locais distantes, na zona rural. É aqui onde se projeta o pampa gaúcho, pontuado de coxilhas que, abruptamente, viram desfiladeiros, a vegetação de Mata Atlântica e as florestas de araucária.

A população local está despertando para o potencial turístico dos dois grandes parques de conservação onde ficam o Itaimbezinho e o Fortaleza (juntos, representam 30,4 mil hectares de área), formações rochosas que datam de 132 milhões de anos atrás, criadas na separação de América e África. Nos últimos cinco anos, Cambará ganhou vida com novos restaurantes, bares e hospedagens. De 2004 para 2017, o número de pousadas cresceu de 15 para 40. Os restaurantes pularam de 11 para 27, e as agências de turismo, de cinco para 22.

Há problemas nas estradas de acesso aos cânions – malconservadas – e nos parques que os abrigam, onde faltam banheiros, bebedouros e sinalização. Mesmo assim, a experiência de conferir as belezas naturais da região supera todos os obstáculos.

A expectativa da população é de que a situação mude em um futuro próximo. Ainda neste ano, deve ser publicado um edital para a concessão dos dois parques à iniciativa privada. A prefeitura vê com bons olhos a medida, como uma forma de usar o capital privado para melhorar a estrutura dos parques.

– Há algumas carências nos parques. Essa concessão deve aumentar o número de visitantes e alavancar o turismo – diz a secretária de Turismo de Cambará do Sul, Beatris Isoppo Trindade, que afirma estar em movimentação para melhorar a qualidade das estradas de acesso, sem, no entanto, dar previsão de quando as obras podem começar.

Depois de um roteiro de cinco dias de muito frio e sol na cidade (e uma única noite de chuva), GaúchaZH elaborou um guia completo de Cambará. Mostramos opções de lazer, hospedagem e gastronomia. Vem com a gente?

Cânion Itaimbezinho

As impressionantes fendas do cânion mais conhecido do Estado, a 18 quilômetros de Cambará do Sul, podem ser conhecidas em três trilhas

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Cânion Fortaleza

Apesar de não oferecer nenhuma infraestrutura ao visitante, o cânion a 23 quilômetros de Cambará do Sul vale ser visitado muitas vezes

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Circuito das Águas

Passeio de 4x4 leva visitantes a fazendas, florestas, rios, lajeados e cachoeiras nos Campos de Cima da Serra

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Os cânions vistos de cima

Em passeio de helicóptero, visitantes podem curtir as impressionantes formações de um ângulo diferente

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Cambará a cavalo

Cavalgada desvela as belas paisagens de fazendas, coxilhas e florestas cinematográficas em uma experiência de reflexão e liberdade

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Onde
comer

Confira os restaurantes testados por
GaúchaZH

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Onde
ficar

Dicas de hospedagens levantadas por GaúchaZH

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O que você precisa saber antes de pegar na estrada

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