
Desde 2009, o Inep utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI) para calcular as notas do Enem. As perguntas são classificadas em uma escala entre 0 e 1000. A TRI não conta apenas o número de acertos, mas a coerência no desempenho. É uma maneira de valorizar os que realmente sabem e separá-los de quem chuta.
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- É a forma mais justa de se avaliar, utilizada por universidades nos Estados Unidos e na Europa - diz Artur Filho, especialista em metodologia matemática.
Imagine a prova do Enem como uma corrida com barreiras de obstáculos pequenos, médios e grandes. Digamos que uma das barreiras da prova de Ciências da Natureza seja uma questão que exige a avaliação de qual é o combustível mais energético em função da densidade e do calor de combustão. Você não sabe a resposta, chuta e acerta. O pulo perfeito sobre o obstáculo. Mas seria justo que, por sorte, você recebesse a mesma pontuação de quem resolveu a questão?
Para evitar isso, a TRI coloca as questões em um tipo de régua de proficiência, representada pela pista de corrida acima. Esta questão estaria, nesta pista, na distância 697,2.
Um estudante que acerta essa questão tem alta probabilidade de acertar outra com tema relacionado, que estaria na distância 650 da nossa pista. Mas, se errar, o acerto anterior valerá menos do que o de quem acertou as duas.
- A TRI peneira pelo conhecimento. Estudar questões específicas não é a melhor preparação. As fáceis valem mais - diz Filho.
Arte: Gabriel Renner