Além da falta de gasolina, etanol e diesel em razão da greve dos caminhoneiros, algumas cidades do Interior e do Litoral Norte do Rio Grande do Sul enfrentam desabastecimento de gás natural veicular (GNV). Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), isso ocorre porque, fora da área de Porto Alegre e Região Metropolitana, os postos que oferecem esse tipo de combustível não o recebem via tubulação, mas sim o gás natural comprimido (GNC) – que é transportado por veículos de carga.
— O GNC vai em cilindros, via caminhão, chega lá e comprime no compressor do posto. Então tem essa dificuldade por causa do transporte. (...) Falei hoje, por exemplo, com a Charrua, que é uma distribuidora que trabalha forte nisso, e ela informou que, realmente, não tem acesso (aos postos), não tem transporte — afirmou o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal'Aqua. Municípios como Pelotas, no sul do Estado, Santa Maria, na Região Central, e Capão da Canoa, no Litoral Norte, já enfrentam falta de GNV.
Municípios como Pelotas, no sul do Estado, Santa Maria, na Região Central, e Capão da Canoa, no Litoral Norte, já enfrentam falta de GNV.
Já em Porto Alegre, o Sulpetro garante que o abastecimento não está comprometido. O presidente da entidade, João Carlos Dal'Aqua, explica que isso ocorre porque esse combustível é tubulado na Capital e na Região Metropolitana, não dependendo do transporte de veículos de carga. Caxias do Sul e outras cidades da Serra também contam com rede canalizada.
A garantia do GNV em Porto Alegre assegura a operação de boa parte da frota de táxis e de alguns motoristas que oferecem o serviço de transporte via aplicativo. O diretor administrativo do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Adão Ferreira de Campos, afirmou que entre 60% e 70% dos 4 mil táxis da cidade operam com GNV, o que diminui os reflexos da manifestação na categoria.
