Redação Donna
Entre os filósofos brasileiros atuais, Luiz Felipe Pondé traduz de forma mais direta a essência feminina. Ele tem um radar único para captar nossos dilemas. Escreve o que a mulher anseia sem que ela tenha engavetado o desejo na consciência. Seu novo livro, A Filosofia da Adúltera - Ensaios Selvagens, é o que as moçoilas contemporâneas querem saber.
Depois do radicalismo do feminismo e da masculinização do nosso Ethos, mulheres andam com saudade da feminilidade. Pondé é radical:
" Incrível como a revolução sexual e a emancipação feminina tornou a mulher, de certa forma, monótona e obsoleta... A mulher tornou- se invisível assim que chegamos à conclusão, graças aos canalhas de gênero, de que ela não existe, mas que é uma construção machista à serviço da opressão".
A Filosofia da Adúltera reúne em capítulos curtos reflexões ácidas sobre a condição humana, o amor e a traição, mantendo como fio condutor a obra de Nelson Rodrigues. A feminista não tem colher de chá com o pensador, a quem ele chama de as novas carolas.
Pondé resgata a sensualidade e exalta a beleza da mulher, mas sem deixar de ser um crítico feroz ao " piriguetismo".
Para ele, as pernas femininas são mais bonitas quando pressentidas na sua totalidade do que quando expostas o sol.
" Por isso, mulheres belas na mídia acabam por nos entediar", arremata.
A Filosofia da Adúltera _ Ensaios Selvagens, Luiz Felipe Pondé, 192 páginas. Editora Leya. Preço R$ 31,90
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