Redação Donna
Brincar nem sempre significa só diversão. Desde bebês, as crianças passam por contínuos processos de aprendizagem e de desenvolvimento enquanto brincam. Uma das atividades consideradas fundamentais por professores de educação física e psicólogos é a brincadeira no parquinho.
Parquinhos básicos com escorregador, balanço, gangorra, cordas para se pendurar fazem um bem danado aos pequenos. Com formação em educação física e dona da rede de pilates que leva o seu nome, Ivana Henn afirma que os parquinhos são aparelhos funcionais, característica cada vez mais buscada nas aulas de academia. A funcionalidade diz respeito a praticar atividade que mexem com o corpo todo e que agem em aspectos diferentes. No caso dos parquinhos, um único brinquedo pode trabalhar flexibilidade, equilíbrio e força.
? Além de divertir, o parque é uma atividade completa. Hoje, nas academias, temos muitas aulas que simulam brincadeiras de parque, como a aula com suspensão, por exemplo, que nada mais é do que a corda para se pendurar que existe nas casinhas do parque ? afirma.
Para ela, mãe de duas crianças de dois e cinco anos, o ideal seria levar a criança diariamente no parque:
? Se não der, leve o máximo de vezes que você conseguir ? aconselha.
Brincadeira e efeito lúdico
Ivana lembra que antigamente as crianças brincavam na rua, moravam em casa ? muitas vezes com jardim. Hoje, boa parte mora em apartamento, os pais estão sempre com pouco tempo, e as brincadeiras migraram para atividades como ver TV, jogar vídeo game ou um jogo como quebra-cabeça:
? As crianças perdem a oportunidade de desenvolver coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade, consciência corporal ? coisas que a gente desenvolvia naturalmente no passado. O parque simula situações do dia-a-dia. Ao brincar no parquinho, a criança está ganhando consciência corporal, aprendendo a se equilibrar, a mover seu corpo para se proteger em uma queda ? comenta.
É claro que praticar esportes como ballet, natação ou judô ajudam no desenvolvimento motor, mas o parque tem a característica da liberdade da brincadeira e da ludicidade. Há ainda os benefícios psicológicos:
? O mais importante é o da interrelação. A criança conhece outras crianças, aprende com elas, relaciona-se negociando os espaços, sendo obrigada a aceitar o limite imposto pelo espaço do outro. Parquinho é fundamental na vida de qualquer criança ? afirma Paula Ferro Kalafatas, terapeuta familiar.
Paula destaca outros aspectos como o desenvolvimento de autoestima, liberdade, autoconfiança, coragem para enfrentar medos e para explorar os espaços. Tudo isso na simples e deliciosa brincadeira de encarar um escorregador, divertir-se no balanço, equilibrar-se nos pneus e chegar ao topo da casinha de madeira.
A criança no parque
Bebês até dois anos ? importante para começarem a explorar espaços, entrar em contato com areia, brincar no chão. Tempo de parque: cerca de meia hora.
De dois até sete anos ? parquinho é essencial nessa faixa etária. Devem ter acompanhamento dos pais nos brinquedos, que devem segurá-los pela mão e encorajá-los na brincadeira. Aos poucos, a criança vai se soltando, e os pais devem perceber o alcance da autoconfiança do filho e permite que brinquem sozinho. O tempo de parque pode ser de uma hora ou mais, depende da própria criança, se ela se sente cansada.
A importância
Demonstra os interesses da criança
Externa as angústias dela
Estimula a comunicação
Exercita o corpo
É prazerosa para a criança