Redação Donna
Muitos filhos chegam à adolescência com os pais separados. Apesar de o número de casamentos ainda ser maior do que o de divórcios, nos últimos anos, as separações passaram de raridade para realidade. Faça um teste. Pergunte numa sala de aula com adolescentes quantos deles têm pais separados. O resultado pode ser surpreendente.
Independentemente do motivo, a maioria das separações, para não dizer quase todas, envolve um processo difícil, permeado pela dor, frustração, raiva e angústia. A ruptura pode ser ainda mais traumática quando há um ou mais filhos envolvidos.
O que é mais prejudicial aos filhos - viver em um ambiente de crise com os pais juntos, ou num modelo com os pais separados? Os efeitos nocivos podem ser minimizados dependendo da condução da separação.
- As reações dos filhos dependem da idade e do nível de entendimento da situação por parte deles. Quando menores, a adaptação a nova realidade tende a ser mais tranquila - afirma a psicóloga e especialista em terapia de família Luciane Pozobon.
Entre as reações consideradas normais, os bebês pequenos ficam mais agitados, crianças pequenas voltam a fazer xixi na cama e as mais crescidas passam a ter problemas na escola. Da parte dos adultos, uma mãe que é protetora pode virar supermãe. Um pai que era apegado tende a virar pegajoso.
Maturidade necessária
Por mais difícil que seja a ruptura, os pais têm de se esforçar para encontrar a maturidade, a fim de não confundir ainda mais os pequenos. O bom senso deve prevalecer sobre o ressentimento. Isso significa evitar brigar ou falar mal do ex-cônjuge na frente do filho, responder a todas as perguntas sem entrar em detalhes, deixar claro que a criança ou adolescente não têm nenhuma culpa. Evitar expressões do tipo: "Papai e mamãe não se amam mais". A interpretação pode ser: "Se ele não gosta da mamãe, um dia pode deixar de me amar também".
A rotina da casa mudará, novas configurações familiares podem se formar. A presença do pai, mesmo morando em outra casa, dá segurança aos pequenos. O ideal seria uma guarda compartilhada, sem horários determinados de visita, dividir tarefas como buscar e levar na escola.
Os impactos - a reação dos filhos conforme a idade: