Fernanda Pandolfi
Em um dos meus textos mais lidos, sobre Milão, comentei que havia desistido, sem lamúrias, do amor. Que, na minha concepção, a real serventia de se apaixonar era manter o coração calmo. E que de nada servia amar onde não tem cuidado e carinho em sinergia. Naquele texto, eu finalizei: "talvez o amor não seja para mim, mas voltei a acreditar que ele existe". Mas daí teve um encontro de "eus", como diz alguém que confio. E quando Deus – no sentido de eternidade – se faz presente entre duas almas é difícil que forças exteriores consigam derrubar. Eu amo chuva. Ele vive o sol. Eu sou cerveja. Ele é vinho. Eu desorganizo o que ele arruma. Ele entende o meu relógio eternamente atrasado e eu respiro fundo com o tempo looongo que ele sempre precisa para tudo. E, assim, ying yang são forças complementares que fazem o mundo girar.