Fernanda Pandolfi
Lá pelas tantas, depois de rodar centenas de quilômetros pelas estradas do Marrocos, chegamos ao destino final do dia e questionei o nosso guia, Azami: “a que horas sairemos amanhã?”. Eu estava preocupada com algo banal tipo lavar o cabelo ainda à noite ou na manhã seguinte. No que, ele rebateu com aquela sutileza nem tão suave típica à terra de Casablanca: “vamos terminar primeiro o dia de hoje?”. Toma, ansiedade. E, seguidamente, quando alguém do grupo perguntava a respeito de algo que ainda estava por vir ao virar da noite, ele entregava a mesma resposta. Certa vez, justificou: “não gosto de dar certeza sobre o amanhã, pois não sabemos as circunstâncias do caminho e posso acabar frustrando as expectativas de vocês”.
GZH faz parte do The Trust Project