Embora possa não parecer, o contágio por coronavírus, ou qualquer outra doença respiratória, pode ser menor em um avião do que dentro de um escritório, por exemplo. Isso porque, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, as aeronaves contam com um sistema de ventilação e filtragem de ar bastante eficiente.
— No escritório não há esse sistema — justifica.
Mesmo assim, a proximidade com pessoas doentes pode, sim, provocar infecções.
— A gente considera que o risco de transmissão de qualquer doença respiratória é muito restrito aos bancos mais próximos. Consideramos as duas fileiras da frente e as duas de trás para transmissão — explica.
O médico acrescenta que as fileiras das janelas são as mais seguras, afinal, o fluxo da ventilação sai dali em direção ao corredor.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acrescenta o presidente da Sociedade Catarinense de Infectologia, Fabio Gaudenzi, o vírus pode sobreviver em um ambiente por 24 horas. No entanto, locais frios e secos, como um avião, reduziriam esse tempo.
— Isso torna a viabilidade (do vírus) menor ainda — diz Gaudenzi, acrescentando que as gotículas infectadas chegam, no máximo, a dois metros de distância. — Dessa forma, não há risco para o avião todo — finaliza o presidente.
É importante lembrar que apenas pessoas com sintomas respiratórios têm orientação para usar máscaras em avião ou outros ambientes.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins: