Mais de 200 mil militares sairão às ruas em todo Brasil neste sábado para um combate atípico. Convocadas pelo governo federal, as Forças Armadas se engajarão na mobilização nacional contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, o zika e a chikungunya. Apesar do intimidante reforço, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, garante que não há motivo para pânico.
- Nossa ideia não é criar pânico, não é criar pavor, não é intimidar. Isso não funciona. Mas queremos criar uma tensão mobilizadora na sociedade para combater essa praga. Nós vivemos uma situação que não é normal - esclareceu o ministro em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira.
Conforme Rebelo, a atuação dos militares será mais informativa: eles deverão distribuir panfletos de porta em porta, orientando a população sobre como proceder para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Somente nos municípios onde houver agentes de saúde nas abordagens deverão ser feitas vistorias e ações para eliminar focos do mosquito.
A mobilização com a ajuda das Forças Armadas será a segunda de quatro etapas previstas pelo governo para combater o mosquito, cuja tática é intercalar ações diretas e informativas. A primeira ocorreu dentro das organizações militares, onde foi realizado treinamento e remoção de focos. A terceira será uma ação direta de aplicação de larvicidas e inseticidas em áreas com potencial para desenvolver larvas do Aedes. Com o início com o período letivo, será realizada a quarta etapa, quando haverá ações nas escolas para orientar os estudantes.
- As pessoas, às vezes, acham que isso é uma coisa muito distante da realidade delas. Acham que é uma coisa da televisão - justificou o ministro.
Ex-ministro do Esporte, Aldo Rebelo disse, ainda não acreditar que a epidemia de zika vá interferir na realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O evento deve ocorrer entre os dias 5 e 21 de agosto.