O hábito social de beber é tolerado pela sociedade e muitas vezes aprovado pela família e amigos através da motivação pela propaganda. Para o psicólogo Alexandre Bez, no entanto, essa mesma tolerância incentiva o excesso e é responsável por um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil: o alcoolismo.
- É fundamental estarmos atentos ao controle do consumo dessa substância, para que o mesmo não migre de um mau hábito, para a categoria de vício - argumenta Bez.
O especialista explica a diferença entre o que seria um consumo moderado do álcool e o seu extremo oposto, o alcoolismo.
Para ele, o uso moderado de substâncias alcoólicas, desde que tomado com responsabilidade e cautela, classifica a pessoa como alguém que bebe "apenas socialmente" tendo noção das doses que está ingerindo, sem cometer escândalos e imprudências, diferente daquele que possui o vício, bebendo em larga escala, não só prejudicando a si, mas aos outros, especialmente no quesito dirigir.
- O que classifica um indivíduo com transtorno induzido por substância alcoólica (alcoolista ou alcoólatra), não é a quantidade ingerida, mas sim o limite de tempo entre uma dose etílica e a outra. Ele pode, por exemplo, em um dia ficar bêbado sem ser alcoolista - explica o psicólogo.
Segundo Bez, o consumo crônico de álcool é causado pelo alcoolismo, e em função disso o indivíduo ingere quantidades além de sua capacidade de absorção. O alcoolismo necessita do álcool, para que se acione esse mecanismo desenfreado de consumo etílico. Para muitos especialistas, o consumo moderado do álcool, já representa uma situação de contato perigosa com o vício onde em situações extremas pode ocorrer hepatite alcoólica, coma alcoólico, cirrose, além das facilidades do indivíduo desenvolver câncer em várias regiões do corpo.
Em tópicos, Bez explica quais são os fatores que podem desencadear a doença:
- Fatores que contribuem para que o consumo de álcool se transforme em alcoolismo
:: ambiente social;
:: saúde emocional;
:: pré-disposição genética.