Será inaugurada neste sábado (20/5) a primeira individual de ELIDA TESSLER no espaço paulistano da Galeria Bolsa de Arte (Rua Mourato Coelho, 790). A artista porto-alegrense apresenta em RECORTAR COPIAR COLAR trabalhos marcantes de seus últimos 15 anos de trajetória, frutos de diálogos com obras literárias de escritores como Euclides da Cunha, Franz Kafka, Haroldo de Campos, Manoel Ricardo de Lima, Marcel Proust, Orhan Pamuk e Virginia Woolf. No mesmo dia, o escritor e tradutor Donaldo Schüler vai lançar na galeria o livro Joyce Era Louco?, a partir das 11h30min, em que o autor parte dos ensinamentos do psicanalista francês Jacques Lacan (1901 – 1981) e de teorias psicanalíticas para realizar uma análise da escrita revolucionária do irlandês James Joyce (1882 – 1941).
Quem acompanha o trabalho de Elida, um dos nomes mais importantes da arte brasileira contemporânea, sabe que a palavra escrita ocupa uma posição central em suas criações. Três trabalhos da exposição, por exemplo, têm origem em um mesmo objeto: a máquina de escrever.
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Em CARTA AO PAI (2015), instalação batizada com mesmo nome do célebre livro de Kafka, 617 peças de máquina datilográfica ficam dispostas sobre uma mesa de ferro de quase três metros de comprimento, na cor branca. Já um exemplar de uma edição de 1938 do clássico Os Sertões, de Euclides da Cunha, presenteado por Schüler a Elida, inspirou DESERTÕES, obra com 1.018 lupas presas na parede que ampliam fotografias com trechos do texto.
– A experiência visual da leitura também se incorpora ao projeto final. A intimidade acontece, creio, quando me permito adentrar o texto a partir de uma sugestão do autor, com uma proposição que nasce de dentro da narrativa – explica a artista.
A mostra fica em cartaz até o dia 15 de julho, viu?