Um projeto que apresentou seus primeiros resultados em março na diretoria financeira e de relações com investidores do Banrisul tem a intenção de apontar o futuro próximo da economia no Rio Grande do Sul. Em teste desde então, para avaliar alinhamento com outros termômetros, a mais recente atualização do conjunto dos Indicadores Antecedentes da Economia do Rio Grande do Sul, de agosto com base em indicadores de julho, reforça a hipótese de que o pior momento da crise tenha ficado para trás.
A montagem foi feita com consultoria da economista Marcelle Chauvet, integrante do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) e da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A equipe, liderada por Ricardo Hingel, é cautelosa ao caracterizar o período porque sabe que processos de saída de recessão são suscetíveis a oscilações. Mas parte relevante das 172 variáveis de 12 segmentos, acrescidas de emprego e do antecedente geral de atividade econômica, aponta, para os próximos seis meses, acomodação ou crescimento moderado, depois de mais de três anos de declínio.
– Há uma tendência de crescimento se desenhando. Estamos esperando o ponto de virada – avalia Maria Andreia Nunes, uma das integrantes do grupo de três analistas.
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Um dos indicadores antecedentes do Estado, o do comércio, que era uma exceção no panorama dominado por estabilidade ou retomada, confirmou-se nesta terça-feira (12) com a parada no avanço do resultado nacional.
O objetivo do estudo, a princípio, é subsidiar o próprio Banrisul para tomada de decisões, mas os autores destacam que, dado o ineditismo e a abrangência do levantamento, até agora utilizado somente em publicações internas, possa ser um instrumento usado por outras instituições. A equipe decidiu que, com seis meses de resultados testados e comparados com outros indicadores, já era hora de compartilhar as conclusões.
